Mistérios Dolorosos

Que virtudes terá Jesus aprendido de Maria e de José que o ajudaram a passar estes mistérios?

1. Jesus reza no Monte das Oliveiras

Jesus foi para o monte das Oliveiras. E os discípulos foram também com Ele. Afastou-se deles... e, pondo-se de joelhos, começou a orar, dizendo: «Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua» (Lc 22, 39. 42).

Jesus aprendeu de Maria e José a rezar e a confiar no seu Pai:

«Os pais, que querem acompanhar a fé dos seus filhos, estão atentos às suas mudanças, porque sabem que a experiência espiritual não se impõe, mas propõe-se à sua liberdade. É fundamental que os filhos vejam de maneira concreta que, para os seus pais, a oração é realmente importante. Os momentos de oração em família e as expressões de piedade popular podem ter mais força evangelizadora do que todas as catequeses e todos os discursos» (AL 288).

* Que oração gostamos de partilhar em família? A oração antes das refeições, antes de dormir...

2. Jesus é flagelado

Pilatos libertou Barrabás; e a Jesus, depois de o mandar flagelar, entregou-lho para ser crucificado (Mt 27, 26).

Jesus aprendeu de Maria e José que, por amor, se pode suportar as injustiças:

«Na vida familiar não pode reinar a lógica do domínio de uns sobre os outros, nem a competição para ver quem é mais inteligente ou poderoso, porque esta lógica acaba com o amor. Vale também para a família o seguinte conselho: "Revesti-vos todos de humildade no trato uns com os outros, porque Deus opõe-se aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes"» (AL 98).

* Na nossa família acontece, alguma vez, libertarmos Barrabás? Em que situações? É bonito? Rezemos para que escolhamos sempre Jesus.

3. A coroação de espinhos

Os soldados levaram Jesus para dentro do pátio. Revestiram-no de um manto de púrpura e puseram-lhe uma coroa de espinhos que tinham entretecido. Depois começaram a saudá-lo: «Salve! Ó rei dos judeus!» (Mc 15, 16-18).

Jesus aprendeu de Maria e José a ser paciente, e desse modo suportou os insultos por nosso amor:

«O amor possui sempre um sentido de profunda compaixão, que leva a aceitar o outro como parte deste mundo, mesmo quando age de modo diferente daquele que eu desejaria» (AL 92).

* Como me porto com os membros da família quando não fazem o que espero. Aceito-os? Aborreço-me? Ridicularizo-os? Sou paciente?

4. Jesus leva a cruz

Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o lugar chamado Calvário. Quando o iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene e carregaram-no com a cruz (cf Jo 19, 16; Mt 27, 32).

Jesus aprendeu de Maria e José que para amar é preciso ser forte, resiliente e deixar-se ajudar pelos outros:

«O amor suporta, com espírito positivo, todas as contrariedades. Mantém-se firme no meio de um ambiente hostil. É amor que, apesar de tudo, não desiste, mesmo que todo o contexto convide a outra coisa. Na vida familiar, é preciso cultivar esta força do amor» (AL 118. 119).

* Como nos tornamos resilientes na família? Como enfrentamos as dificuldades?

5. Jesus morre na cruz

Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!». Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» (...) (depois) desde o meio-dia até às três da tarde, as trevas envolveram toda a terra. Jesus, dando um forte grito, exclamou: «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou (Jo 19, 26-27; Lc 23, 44-46).

Jesus aprendeu de Maria e José o que é o verdadeiro amor:

«Se a família consegue concentrar-se em Cristo, ele unifica e ilumina toda a vida familiar: os sofrimentos e os problemas são vividos em comunhão com a Cruz do Senhor e, abraçados a Ele, pode-se suportar os piores momentos. Nos dias amargos da família, há uma união com Jesus abandonado que transforma as dificuldades e os sofrimentos em oferta de amor» (cf AL 317).

* Que situações difíceis atravessámos ou estamos a atravessar na nossa família? Abraçamo-nos a Jesus com amor e oferecemo-lhas.

Rede Mundial de Oração do Papa